Depois de debulhar os quadros que surgem a cada dia — e sabendo com quem eles andam e negociam —, resolvi deixar o meu nome à disposição da população, não porque eu tenha o sonho de ser prefeito — nunca fui candidato a nada —, mas, porque adoraria ter a oportunidade nas mãos de abrir as contas da prefeitura, e ajudar o Ministério Público a prender vagabundos.
Sinceramente, como confiar nas pessoas que se apresentam, se elas se sentam com ladrões do dinheiro público para negociarem? Como acreditar na proposta de quem — para se eleger —, troca a sua “primogenitura” por um “prato de lentilha”?
Aliás, eu tenho a convicção que a minha chance de vitória é a mesma de eu ganhar na “mega-sena”, mesmo assim: ter espaço para participar de um debate, olhar na cara de um pilantra, e poder dizer tudo aquilo que penso dele em uma campanha política, não tem preço.
Infelizmente, pessoas boas da sociedade não se colocam a disposição do povo: Ademar do HortSul — por exemplo — seria um nome espetacular, Doutor Julian também, mas, por enquanto, eles seguem fazendo o bem na cidade onde vivem, construindo progresso, e distribuindo amor na saúde. Por esse motivo, enquanto não surge alguém em quem eu possa confiar, sigo daqui como pré-candidato em forma de protesto.
Aliás, ontem me disseram: “Max, o vice vai entrar no lugar do Tininho. Esse é o momento de unir a oposição”. Eu respondi: Que oposição? Essa que Tininho come no café da manhã? Essa cambada que some quatro anos, e só aparece na eleição?
Acho que essa galera não entendeu que eu não estou atrás de emprego na prefeitura, e nem vou deixar de falar aquilo que penso de qualquer um só para levar vantagens. Não preciso disso, sou jornalista, e não um vagabundo que se vende.
A propósito, eu não sou inimigo de Tininho, sou adversário dele e de qualquer um que não respeita o dinheiro público, independentemente do nome.
Hoje Tininho é o prefeito, amanhã pode ser outro, mas, isso não muda em nada o meu posicionamento, afinal: NÃO SOFRO DE INDIGNAÇÃO SELETIVA!
Para terminar, repito, "sou pré-candidato como forma de protesto", e uma coisa eu garanto:comigo obras não terão aditivos, empresários não se sentarão a minha mesa , o povo será recebido no gabinete, e, vereadores, não farão da prefeitura um cabide de empregos.
Na verdade, caso eu seja eleito, talvez não consiga nem terminar o mandato, por ser quem eu sou, mas, garanto que o “tumulo” é um lugar mais tranquilo que uma “cela” em xuri, onde muitos — em breve — fixarão residência.